domingo, 24 de abril de 2005

Adivinha o Quanto Eu Te Amo

(Sam McBratney)


Era hora de ir para a cama, e o Coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do Coelho Pai.
Ele queria ter certeza de que o Coelho Pai estava ouvindo.
- Adivinha quanto eu te amo? - disse ele.
- Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar - respondeu o Coelho Pai.
- Tudo isso - disse o Coelhinho, esticando seus bracinhos o máximo que podia.
Só que o Coelho Pai tinha os braços mais compridos. E disse:
- E eu te amo tudo isto !
Huuum, isso é um bocado, pensou o Coelhinho.
- Eu te amo toda a minha altura - disse o Coelhinho.
- E eu te amo toda minha altura - disse o Coelho Pai.
Puxa, isso é bem alto, pensou o Coelhinho. Eu queria ter os braços compridos assim.
Então o Coelhinho teve uma boa idéia. Ele se virou de ponta cabeça, apoiando as patinhas na árvore.
- Eu te amo até as pontas dos dedos de meus pés!
- E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés - disse o Coelho Pai balançando o filho no ar.
- Eu te amo a altura de meu pulo! - riu o Coelhinho saltando, para lá e para cá.
- E eu te amo a altura do meu pulo - riu também o Coelho Pai e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos das árvores.
- Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio - gritou o Coelhinho.
- Eu te amo até depois do rio até as colinas - disse o Coelho Pai.
É uma bela distância, pensou o Coelhinho. Ele estava sonolento demais para continuar pensando.
Então ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite. Nada podia ser maior do que o Céu.
- Eu te amo ATÉ A LUA! - disse ele, e fechou os olhos.
- Puxa, isso é longe disse o Coelho Pai. Longe mesmo!
O Coelho Pai deitou o Coelhinho na sua caminha de folhas. E então se inclinou para lhe dar um beijo de Boa Noite.
Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo:
- Eu te amo até a lua...IDA E VOLTA!

PS: dedico este post a todas as pessoas que eu amo.

domingo, 17 de abril de 2005

Falando de coisas sérias

O cristianismo, identificando verdade com fé, deve ensinar — e, adequadamente compreendido, de fato o faz — que qualquer interferência à verdade é imoral. Um cristão com fé nada tem a temer dos fatos; um historia­dor cristão que estabelece limites para o campo de investigação, em qual­quer ponto que seja, está admitindo os limites de sua fé. E, naturalmente, também destruindo a natureza de sua religião, qual seja uma revelação pro­gressiva da verdade. Por conseguinte, o cristão, a meu ver, não deve ser impedido, nem no mais leve grau, de seguir o fio da verdade; com efeito, é, positivamente, fadado a segui-la. De fato, ele deveria ser mais livre que o não-cristão, comprometido por princípio com sua própria rejeição.

Iver, Buckinghamshire, 1975

JOHNSON, Paul. História do Cristianismo, Rio de Janeiro, Imago, 2001



Fiquei um tanto incomodada há alguns dias atrás, quando meu professor de História Antiga disse que diviria a turma em grupos para apresentação de seminários e eu fiquei com o tema: Cristianismo - Gênese e Expansão; conheço a História do Cristianismo e não me agradava a idéia de ter de ler esses livros e apresentar um trabalho sobre os mesmos; mas depois de ler o texto acima, passei a aceitar melhor a idéia.
Johnson tem razão.

sexta-feira, 15 de abril de 2005

Carência de Príncipes

Está cada dia mais difícil realizar o sonho de encontrar o Príncipe Encantado.
O número de herdeiros de trono disponíveis só tem diminuído. Ano passado, pra minha tristeza, casaram-se Felipe de Espanha e Frederik da Dinamarca; agora, falece Rainier de Mônaco; Charles está de casamento marcado (se bem que esse, se dependesse de mim, continuaria solteiro indefinidamente - risos).
Porém, ainda me resta o lindo, solteiro, e sucessor do pai no trono de Mônaco:
- Albert, casa comigo???
Gente, fiquei sabendo que ele tem uma queda pelas negras (a imprensa européia já divulgou um suposto envolvimento dele com Naomi Campbell) risos

terça-feira, 5 de abril de 2005

Cativar

Há alguns dias atrás conheci uma pessoa (amiga de uma amiga); desde então, temos nos visto com uma certa freqüência (por força das circunstancias); a principio, acredito eu, ela me via com indiferença, mas ontem, eu percebi que já a cativei. E isso me deixou muito feliz.
Assim como o Pequeno Príncipe, eu gosto de cativar as pessoas.

Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
(extraído de O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry)

Eu não gosto de ser igual a 6 bilhões de outras pessoas; eu gosto de ser única no mundo!!! risos