E por aí a fora.
"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." (Antoine de Saint-Exupéry)
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
A medonha língua alemã
E por aí a fora.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
Quando as palavras viajam
Encrenca no mangue
Através da competição Migração de Palavras organizada, recentemente, pelo Conselho da Língua Alemã (Deutscher Sprachrat) pessoas de 70 países puderam sugerir as palavras alemãs que "viajaram" para outros idiomas.
Das seis mil palavras apresentadas, o termo mais sugerido foi a versão francesa para clarabóia vasistas, do alemão was ist das?, literalmente, "o que é isto?".
Se todos soubessem, entretanto, que "encrenca" tem origem alemã, a nossa versão de "problema" também teria sido um grande sucesso. Tudo começou com as prostitutas judias que vieram para o Brasil no final do século 19 e começo do século 20, explica a historiadora Beatriz Kushnir, igualmente de origem judaica, que escreveu o livro Baile de Máscaras: Mulheres Judias e Prostituição.
Elas falavam iídiche, a língua dos judeus da Europa Central. Quando achavam que um cliente tinha doença venérea, falavam ein krenke (krank significa "doente" em alemão). Nascia assim a palavra "encrenca", usada desde então no português do Brasil para designar uma situação difícil.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
Feliz Ano Novo!
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que, esquecendo, não guarde mágoas.
Desejo, pois, que não seja assim, mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo, também, que tenha amigos, ainda que maus e inconseqüentes, que sejam corajosos e fiéis e que, pelo menos, num deles você possa confiar sem duvidar.
E, porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha adversários.
Nem muitos, nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo, depois, que você seja útil, mas não insubstituível.
E que, nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo, ainda, que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente e que fazendo bom uso dessa tolerância, você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais, que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer e que, sendo velho, não se entregue ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que aconteçam no tempo certo.
Desejo, por sinal, que você seja triste, não o ano todo, mas apenas um dia.
E que nesse dia, descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra, com a máxima urgência, que existem oprimidos e infelizes e que eles estão à sua volta.
Desejo, ainda, que você afague um gato, alimente um cuco e ouça o João-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal, porque, assim, você se sentirá bem por pouca coisa.
Desejo, também, que você plante uma semente, por mais minúscula que seja e acompanhe o seu crescimento, para que saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático.
E que, pelo menos uma vez por ano, coloque um pouco dele na sua frente e diga: “isso é meu”, só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo, também, que nenhum dos seus afetos morra, por ele e por você, mas que, se morrer, você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo, por fim, que você, sendo homem, tenha uma boa mulher e que sendo mulher, tenha um bom homem e que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes e, quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar..."
segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
E o troféu vai para...
Desde que eu voltei da Alemanha no início deste ano minha vida em Manaus se tornou muito difícil.
Eu tinha a impressão de que os dias maravilhosos que passei aqui me estavam sendo cobrados, um a um.
Como se não bastasse a saudade pungente que eu sentia de Frank…
Meu ambiente de trabalho se tornou quase insuportável;
A faculdade já não tinha graça nenhuma;
Meu pai sofreu um acidente de trânsito gravíssimo;
As férias que Frank havia planejado passar em Manaus pareciam não chegar nunca e quando finalmente chegaram, eu não tinha tempo para nada; tinha que me dividir entre meu trabalho a faculdade e ele (não necessariamente nessa ordem). rsrsrs
Quando ele voltou para a Alemanha, deu entrada na papelada necessária para que eu pudesse obter o visto para casamento, eu tranquei a faculdade e comecei a correr atrás disso.
Tudo, absolutamente TUDO, que poderia dar errado com relação ao meu visto, deu!
Quando olho para trás, não acredito que eu sobrevivi a tudo aquilo!
Mas é fácil entender porque eu consegui: eu tinha um objetivo, uma meta: voltar para junto do homem com o qual eu sempre sonhei! E admito: eu não fiz outra coisa esse ano a não ser lutar para atingir esse objetivo.
Não negligenciei meus amigos. Como eu sabia que vir embora (apesar de tudo aparentemente estar dando errado) era apenas questão de tempo, aproveitei cada segundo ao lado deles: assisti muitos filmes na cia de Pri, almocei muitas vezes na casa de Cinthia, passeamos nos fins de semana sempre que possível...
A essa altura do campeonato, acho que muita gente no meu lugar já teria desistido mas eu sou brasileira… e não desisto nunca!!! ;-)
Respirei fundo e continuei; dei meu jeito de receber meu visto, comprei meu bilhete na semana da viagem e me mandei!!!
Claro, tive problemas com as conexões, quebraram uma das minhas malas entre Manaus e Fortaleza, perderam as duas entre Lisboa e Frankfurt… mas o que importa é que EU cheguei!!!
E desde então tudo tem contribuído para que eu esqueça os dificílimos 9 primeiros meses desse ano e me convença de que tudo valeu muuuuito à pena!!!
domingo, 24 de dezembro de 2006
Alegria x Inspiração
Mas apesar disso, como 2007 foi, disparado, o melhor ano da minha vida (até o momento) e portanto, merece uma retrospectiva, eu prometo tentar escrevê-la. ;-)
sábado, 16 de dezembro de 2006
Curiosidades sobre a Alemanha
- Ônibus e trens nao têm cobradores.
No ônibus você põe seu dinheiro num caixa próximo ao motorista, ele imprime seu ticket e devolve o troco. Para viajar de trem vc compra o bilhete em caixas eletrônicos espalhados pela estação; você não precisa apresentá-lo a ninguém ao entrar mas se eventualmente aparecer um controlador (espécie de fiscal), pedi-lo e você tiver “perdido” ou “esquecido” de comprar, paga uma multa de 40 €.
- Na rua, você é obrigado a apanhar o cocô do totó.
Quando levar seu totó para passear e ele fizer aquilo na rua, você deve estar devidamente munido de uma pá e um saco plástico para recolher o material; se vc decidir deixar lá e for flagrado por um policial paga uma multa de 50 €.
- Os mendigos são poliglotas
Eu estava numa estação de trem com uma amiga quando fomos abordadas por uma pedinte. Ela se dirigiu à minha amiga em inglês; minha amiga disse não falar inglês e ela repetiu o pedido, mas dessa vez em alemão. Depois que ela se afastou minha amiga me contou sobre uma outra vez que foi abordada por uma pedinte que se dirigiu a ela inicialmente em francês; ela disse não falar francês e a mulher falou novamente mas dessa vez em inglês; ela disse não falar inglês e a mulher falou com ela em espanhol…
Está consumado!
Desde às 11:30 hs de hoje, eu sou oficialmente, de fato e de direito, a Frau Lutz!
Apesar de ter sido uma cerimônia simples, sem a presença dos meus amigos e familiares (brasileiros), foi tudo lindo e emocionante!
A zorra começou cedo aqui em casa (os convidados vieram para cá e fomos todos juntos ao Standesamt -equivalente ao cartório- que funciona na casa mais antiga da cidade, Das Romanische Haus, de 1187; isso mesmo: Século XII!
Depois da cerimônia, que durou algo em torno de 30 minutos, fomos a um restaurante chinês lindo, onde aconteceu a recepção e comi até passar mal (amo a comida daquele restaurante); por volta das 15hs voltamos para casa, onde minha sogra, amada e querida, havia preparado um “Kaffe und Kuchen” (o equivalente alemão do chá inglês), e a festa continuou! comemos de novo, brindamos com champagne, conversamos, ouvimos música brasileira, enfim…
Foi um dia maravilhoso!!! :D