domingo, 17 de abril de 2005

Falando de coisas sérias

O cristianismo, identificando verdade com fé, deve ensinar — e, adequadamente compreendido, de fato o faz — que qualquer interferência à verdade é imoral. Um cristão com fé nada tem a temer dos fatos; um historia­dor cristão que estabelece limites para o campo de investigação, em qual­quer ponto que seja, está admitindo os limites de sua fé. E, naturalmente, também destruindo a natureza de sua religião, qual seja uma revelação pro­gressiva da verdade. Por conseguinte, o cristão, a meu ver, não deve ser impedido, nem no mais leve grau, de seguir o fio da verdade; com efeito, é, positivamente, fadado a segui-la. De fato, ele deveria ser mais livre que o não-cristão, comprometido por princípio com sua própria rejeição.

Iver, Buckinghamshire, 1975

JOHNSON, Paul. História do Cristianismo, Rio de Janeiro, Imago, 2001



Fiquei um tanto incomodada há alguns dias atrás, quando meu professor de História Antiga disse que diviria a turma em grupos para apresentação de seminários e eu fiquei com o tema: Cristianismo - Gênese e Expansão; conheço a História do Cristianismo e não me agradava a idéia de ter de ler esses livros e apresentar um trabalho sobre os mesmos; mas depois de ler o texto acima, passei a aceitar melhor a idéia.
Johnson tem razão.

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