segunda-feira, 20 de junho de 2005

Sonhos

Estou lendo Madame Bovary, de Gustave Flaubert. Estou exatamente naquela parte em que Ema se pôe a sonhar com uma existência idílica numa aldeia de pescadores ao lado de Rodolfo.
Como são doces os sonhos quando temos esperança de realizá-los!!!
Ema não tem esperança, tem convicção; passa noites inteiras sonhando acordada, imaginando uma vida perfeita ao lado de seu amante; uma vida na qual eles não teriam de enfrentar nenhum problema; Ema tinha tudo aquilo como certo; era apenas uma questão de tempo; realmente, foi apenas questão de tempo; quatro páginas depois, Rodolfo escreve a ela uma carta que destruiria esse sonho por completo.
Isso me fez lembrar uma música:
"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre sem saber que pra sempre sempre acaba..."
(Por Enquanto, Cássia Eller)

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