Mas, pelo menos, não fui Salomé. Não desejei a cabeça de ninguém. Jamais fui uma vampiro. Sempre fui uma inspiradora. Se me negaste os "teus lábios, Johannes", e o teu amor, eu tive a frescura espiritual da "Jovem América" para te desejar boa viagem através da virtude. Boa viagem, mas não adeus, pois que a tua amizade foi uma das cousas mais belas e mais sagradas de minha vida. Assim talvez que a ocidental tenha mostrado mais sabedoria do que a sua irmã oriental. "Quero os teus lábios, Johannes — teus lábios", e não a tua cabeça numa salva de prata. Isso desejaria a vampiro, e não a inspiradora. "Toma-me. Ah, não queres? Então, adeus, e pensa em mim. Pensando em mim, farás talvez grandes cousas."
(Trecho de: Isadora - Memórias de Isadora Duncan, famosa dançarina americana)
(Trecho de: Isadora - Memórias de Isadora Duncan, famosa dançarina americana)
Nenhum comentário:
Postar um comentário