sexta-feira, 30 de julho de 2004

Romeu e Julieta

Para as melosas de plantão...

Todos com certeza já ouviram falar da história de amor impossível entre os dois jovens de Verona, na Itália, filhos de duas famílias inimigas: Capuleto (Capulet, no original) e Montecchio (Montague, no original).
Certo dia, o velho Capuleto, pai de Julieta, dá um grande baile. Romeu, filho do velho Montecchio, vai mascarado à festa e fica impressionado com a beleza de uma jovem. Esta jovem é Julieta, que também se encanta com Romeu. Entretanto, quando os dois descobrem que são filhos de famílias inimigas, ficam perturbados.
À meia-noite, Romeu e seus amigos Benvólio e Mercúcio deixam o baile. Logo, porém, dão pela falta de Romeu, que, não conseguindo ficar longe do lugar onde deixara seu coração, voltara e pulara o muro de um pomar que havia nos fundos da casa de Julieta. Estava lá há pouco tempo quando viu a bela jovem sair na sacada de seu quarto. Sem saber que estava sendo observada, Julieta soltou um profundo suspiro e exclamou:


Oh, Romeu, Romeu! Por que és Romeu?
Renega teu pai e repudia teu nome;
Ou, se não quiseres, jura que me ama,
E deixarei de ser Capuleto...
Teu nome é que é meu inimigo;
Tu és tu, não um Montecchio.
O que é um Montecchio? Não é mão, nem pé,
Nem braço, nem rosto, nem qualquer outra parte
Pertencente a um homem. Oh, sê algum outro nome!
O que há num nome? aquela que chamamos de rosa,
Por qualquer outro nome exalaria o mesmo doce perfume.


Romeu então não se contém e revela sua presença. Os dois jovens passam a trocar juras de amor e decidem ali mesmo que irão se casar. Julieta promete enviar-lhe um mensageiro no dia seguinte para combinarem a data do casamento. Os dois não conseguem despedir-se, pois é difícil para dois jovens apaixonados dizerem boa noite.

Julieta diz a Romeu:

Boa noite, boa noite! a despedida é uma tristeza tão doce,

Que eu direi boa noite até amanhecer.


Bem, depois disso, o fim da tragédia é conhecido. Eles se casam às escondidas na manhã do dia seguinte ao baile. Por volta do meio-dia, Mercúcio, amigo de Romeu, é morto durante uma briga com Teobaldo, primo de Julieta. Romeu, em vingança pela morte do amigo, mata Teobaldo e é banido de Verona, sendo forçado a partir para Mântua.
Enquanto isso, o pai de Julieta, sem saber de seu casamento secreto, promete a mão da filha em casamento ao jovem conde Páris. Julieta prefere morrer a casar-se com outro, estando seu verdadeiro esposo ainda vivo. Desesperada, procura Frei Lourenço, o padre que os casara, em busca de conselhos. O frei lhe diz que ela deve fingir aceitar o casamento, mas, na noite anterior à cerimônia, deve tomar todo o conteúdo de um frasco que ele lhe dá – o remédio a fará parecer morta. Depois que seu corpo fosse depositado na cripta da família, Romeu viria encontrá-la para que fugissem juntos. O frei então revelaria o casamento a ambas as famílias, esperando com isso reconciliá-las.
Julieta faz tudo de acordo com as recomendações do padre e amanhece aparentemente morta. A família, em prantos, transforma os preparativos do casamento em preparativos para o funeral. Como as más notícias correm mais depressa que as boas, logo a notícia da morte de Julieta chega ao ouvidos de Romeu, antes que uma carta do frei explicando o plano chegue a suas mãos.
Romeu, transtornado, retorna a Verona para despedir-se de sua falecida esposa e, à noite, esgueira-se pela cripta da família Capuleto. Ao ver sua amada supostamente morta, engole veneno e se mata. Pouco depois, a jovem desperta, vê seu amado morto ao seu lado e compreende que ele chegara cedo demais ao seu encontro. Desesperada, ela também se mata, com um punhal.

Romeu & Julieta em vídeo
Esqueça a versão de 1996 com Leonardo DiCaprio, que modernizou a trama com a intenção de seduzir a garotada acostumada à estética estilo videoclipe da MTV. A melhor versão de Romeu e Julieta para o cinema (disponível em vídeo nas locadoras) é a do diretor italiano Franco Zefirelli, de 1968.

Sem recorrer a nenhum truque de estilo, o italiano recriou a atmosfera de Verona do século 15 e, num lance ousado, escalou para os papéis principais dois lindos adolescentes então desconhecidos: Leonard Whiting, de 17 anos, e Olivia Hussey, de 15. Como resultado, o filme ganhou o merecido Oscar de fotografia e figurinos. Imperdível!

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